07/07/2016

07/07/2016

Xiomi pode estar prestes a mudar de estratégia


A Xiaomi é muitas vezes comparada à "Apple da China", e acusada de copiar o design dos produtos da Apple; e agora parece que também está a copiar o abrandamento das vendas, que poderá obrigar a que a marca preste mais atenção ao mercado internacional.

Uma notícia que foi revelada por acidente (e prontamente removida) indicava que as vendas da Xiaomi ficaram muito abaixo do esperado, o que representa um futuro muito mais sombrio do que aquele que era previsto para esta empresa que tantos fãs tem conquistado.

A gama de produtos da Xiaomi há muito que se expandiu para além dos smartphones, actualmente contando com coisas tão diversas quanto purificadores de ar e tomadas eléctricas; mas mesmo assim os resultados não têm conseguido atingir as elevadas expectativas que tinham sido indicadas pelo seu CEO Lei Jun. Uma situação que poderá vir a beneficiar os consumidores nacionais, pois já se fala que, com o abrandamento das vendas na China, a Xiaomi terá obrigatoriamente que apostar no mercado internacional. E bem que gostaríamos de ver a Xiaomi a ter presença oficial no nosso país (as lojas "Xiaomi" que têm surgido nalguns centros comerciais não são oficiais), nem que fosse apenas online.

No entanto, para a Xiaomi se aventurar oficialmente no mercado internacional, terá também que enfrentar problemas de licenciamentos e patentes. É que, enquanto na China a Xiaomi se pode dar ao luxo de copiar e usar aquilo que bem entende, com poucas probabilidades de vir a ter problemas; quando sai do seu país Natal as coisas complicam-se. Facilmente se imagina que se a Xiaomi quisesse vender o seu Mi Pad 2 na Europa ou EUA, levaria imediatamente com um processo da Apple por replicar o design do iPad - e não são só as questões de design, na Índia a Xiaomi enfrenta um processo da Ericsson por usar tecnologia wireless sem a ter licenciado.

Coisas que fazem com que, mesmo que a Xiaomi conseguisse fazer chegar até nós os produtos depois de todos os licenciamentos necessários (se é que isso seria possível), todos estes custos acrescidos iriam reflectir-se num preço final muito menos apelativo do que os preços que tem actualmente.

A questão do mercado saturado é global, e não afectará apenas a Xiaomi e a Apple, pelo que vai ser interessante ver como a situação evolui ao longo dos próximos anos - e que tácticas as empresas usam para atingirem os seus objectivos.

Publicado originalmente no AadM

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