10/11/2016

10/11/2016

Quando um simples SMS passa a ser uma dor de cabeça


No início do ano ficamos a saber que a Google se tinha aliado ao GSMA para promover o RCS (Rich Communication Service) que irá substituir os SMS e MMS, mas neste momento a implementação dos RCS pelos operadores norte-americanos revela um cenário de pesadelo, com sistemas incompatíveis entre os diferentes operadores.


Já por diversas vezes referimos a situação caricata de, com tantas apps de mensagens disponíveis, por vezes ser preciso recorrer aos velhos SMS por serem a única forma garantida de fazer chegar uma mensagem ao destino sem depender que ele utilize a mesma app que nós. Com o RCS a ideia é transpor muitas das vantagens das apps de mensagens para o sistema standard de mensagens nos smartphones, modernizando os SMS e MMS que nasceram em épocas "pré-históricas" face às capacidades dos smartphones actuais.

O problema é que a implementação dos RCS está a ser feita da pior forma possível, ao ponto de, nos EUA, quem utilizar mensagens RCS num operador não as pode enviar para outro operador, mesmo que este também suporte mensagens RCS... mas que também só funcionam dentro da sua própria rede.

Ou seja, em vez de se utilizar o RCS para o propósito pretendido de unificar os sistemas de mensagens (avançado) de forma idêntica e universal como os SMS, os operadores estão a fazer precisamente o oposto, anunciando o RCS como sendo uma funcionalidade "exclusiva" da sua própria rede. E se assim for não é preciso ser adivinho para prever que o RCS será um falhanço completo.

Resta esperar que a Aliança GSM venha por tudo isto em ordem e dizer que o RCS é para ser feito como mandam as normas, e que o standard terá que ser cumprido por todos os operadores e permitir a livre circulação de mensagens entre diferentes operadores - senão, quem fica a ganhar são os WhatsApp, Snapchat, FB Messenger e afins.

Publicado originalmente no AadM

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