31/12/2016

31/12/2016

2016 passado em revista


Este foi um ano bastante interessante em termos tecnológicos, pois tivemos um pouco de tudo e para todos os gostos. Os smartphones, apesar de não apresentarem a evolução que até há bem pouco tempo vinham a demonstrar, são sempre alvo de atenção pelos OEM, que apresentam sempre algumas novidades para se tentarem diferenciar da concorrência.

No mercado dos tablets, pouco ou nada de significativo aconteceu, com as diferentes marcas a limitarem-se a uma actualização dos modelos que apresentam anualmente.

As TVs e as Box Android são talvez uma das áreas onde poderá registar-se uma maior evolução, mas para isso a Google terá de conseguir colocar o seu Google Assistant num outro nível.

Passemos então à revista do ano, por ordem alfabética.


Acer
Limitou-se a uma renovação dos seus terminais, sem lugar a grandes destaques.


Alcatel

Depois de um bem sucedido idol 3, a Alcatel apostou forte no idol 4, tendo para isso apresentado dois modelos, o idol 4 e o idol 4S. Aquando do primeiro contacto com os equipamentos no MWC em Barcelona, não foi possível saber se o Snadragon 652 do idol 4S era capaz de alimentar o ecrã QHD escolhido para este modelo. A análise feita alguns meses mais tarde, veio a mostrar que esta tinha sido uma excelente opção da Alcatel, que apenas pecava pelo excessivo aquecimento do terminal. A ausência de um  bom sensor de impressão digital foi um ponto que acabou por pesar negativamente na avaliação do equipamento.


Asus


O ZenFone 3 é a imagem da ambição da marca com sede em Taiwan. Aproveitante o sucesso do ZenFone 2 nas suas múltiplas variantes, a Asus procurou capitalizar o sucesso obtido. Foi obrigada a trocar os processadores Intel, tendo a escolha recaído nos Snapdragon para a gama média e alta, e nos MediTek para a gama de entrada.

A subida de preço do ZenFone 3, passando dos 349 para o 379 não foi uma boa notícia para o consumidor, especialmente devido ao facto de a marca ter optado pelo Snapdragon 625, em vez do muito mais interessante Snapdragon 652, que apresenta outro nível de desempenho.

A versão Deluxe chega para se bater com os topos de gama das outras marcas, tendo para isso a Asus optado por um corpo em metal e um Snapdragon 820, mas mantendo o ecrã FullHD. É uma aposta arriscada, em 2017 logo saberemos como correu.


bq

A marca espanhola surpreendeu este ano ao apresentar um bq X5 para se bater na gama média e um X5 plus com um Snapdragon 652, que lhe permite um outro nível de desempenho.

A gama Aquaris U representa um regresso em grande à gama de entrada/gama média, com a bq a apresentar um produto ao nível do que já tinha feito nos primeiros anos de mercado. Esta é uma opção que naturalmente se saúda.


Google

Os Google Pixel marcam uma viragem na politica do gigante americano, com os smartphones a não apresentarem o logótipo do fabricante. Este motivo foi uma das razões que levou a Huawei a abdicar do fabrico destes smartphones.

A política inspirada na Apple não se ficou por este aspecto do branding, tendo a Google optado por reservar algumas das funcionalidades para os Pixel, facto que não caiu nada bem junto dos utilizadores e nos Nexus em particular.

Huawei


2016 foi um ano recheado de sucessos para a marca chinesa. O P9 atingiu os 10 milhões de unidades expedidas, o Nova e Nova Plus apareceram no lugar do Mate S e o Mate 9 veio fechar o ano em grande.

O P9 destacou-se pela parceria com a Leica, apresentando um sistema de dupla câmara. A Huawei manteve o nível de qualidade a que já habituou o consumidor, apresentando um equipamento de fino recorte.

O Nova foi uma surpresa a todos os níveis. Primeiro porque se esperaria um Mate S2, depois pelo design, claramente inspirado no Nexus 6P que também foi responsabilidade de Huawei. Peca apenas pela escolha do processador (Snapdragon 625), especialmente devido ao seu preço de venda.

A grande estrela acabou por ser o Mate 9, que teve direito a uma parceira com a Porsche. Este modelo exclusivo estreou o ecrã QHD nos Huawei, mas o seu preço coloca-o num patamar destinado aos coleccionadores. A versão para o consumo ficou-se pelo ecrã FullHD, o que é uma pena, pois estamos da presença de um ecrã de 5,9". O processador Kirin 960, as câmaras e uma inesperada actualização da interface EMUI, constituem-se como os pontos fortes deste smartphone.

Uma palavra ainda para os Honor, smartphones que merecem uma atenção por parte do consumidor, apresentando uma relação qualidade/preço muito interessante.


LAIQ

Depois de New York e Dubai, chegou o Glow, um smartpthone bem pensado, com argumentos para se bater na gama média. O preço algo elevado e um Android desactualizado acabam por penalizar o equipamento.


Lenovo

É talvez das marcas mais interessantes, fruto do historial da Motorola, mas continua manter-se por Espanha, ignorado o mercado Português. A quarta geração dos Moto G e o Moto Z, teriam por certo muito sucesso por estes lado. A opção é outra, pelo ficam os utilizadores limitados ao que chega às lojas da especialidade e ao que a Amazon apresenta.

A surpresa acabou por ser o Yoga Book, um tablet com um teclado inovador, que poderá saltar para outro nível de produtividade com a chegada do Android Nougat.


LG


Se tivermos em conta que o topo de gama G5 não teve direito a uma apresentação oficial em Portugal, os resultados deste modelo acabam por não surpreender. Apesar de ter um terminal interessante, com um sistema modular, a LG acabou por não o conseguir vender. Quem teve a oportunidade de lidar de perto com o mesmo, por certo que terá uma opinião bem mais favorável deste smartphone.


OnePlus

Depois de um menos conseguido OnePlus 2, a empresa de Pete Lau e Carl Pei soube dar a volta ao assunto, apresentado um OnePlus 3 mais próximo daquilo que os utilizadores esperavam. O suporte ao cliente e as actualizações passaram a merecer maior atenção e a chegada do OnePlus 3T foi uma forma de terminar o ano em beleza, sendo este um dos mais interessantes equipamentos do ano.


Samsung

Foi um ano agridoce para a marca Sul Coreana. Se por um lado os Galaxy S7 e S7 Edge foram uma agradável surpresa, o Note 7 acabou por manchar a prestação da Samsung.

Apresentados com o apoio do Sr Facebook, os S7 conseguiram inverter os resultados menos conseguidos doS Galaxy S que se lhe antecederam. Uma ergonomia melhorada e um TouchWiz cada vez mais simples e menos intrusivo, contribuíram para o sucesso destes smartphones.

A lamentar apenas o caso Note 7, equipamento que muito prometia, mas que acabou por sair pela porta pequena. Aguarda-se ainda uma explicação formal sobre o que terá levado à explosão das baterias.


Sony


O caso da Sony é um misto do que se passa com a Lenovo e LG. Em Barcelona tivemos contacto com a nova série X, bastante interessante. A sua chegada a Portugal ficou no entanto marcada por uma campanha de marketing algo polémica, que acabou por não conseguir catapultar os smartphones para os níveis de popularidade  que por certo os responsáveis da marca tinham delineado.

O Xperia XZ surge como uma lufada de ar fresco, fugindo às linhas que têm marcado as opções dos concorrentes. Tem hardware capaz de um bom desempenho e uma câmara que tem recolhido boas avaliações por parte da crítica. Resta saber se o público foi sensível aos seus argumentos.


TP-LINK

Marca com muito historial no mercado das redes, apresentou agora os primeiros modelos de smartphone. Os Neffos são um bom primeiro passo, com espaço para melhorar, vamos ver o que a segunda serie nos irá apresentar.


Xiaomi

A marca chinesa surge como outsider, sendo a única que não está disponível oficialmente no nosso mercado. Este facto no entanto não tem sido impeditivo para muitas pessoas, que optam por recorrer às lojas online para comprar os equipamentos desta marca.

Seja na gama de entrada, média ou alta, a Xiaomi tem propostas sempre muito interessantes, com preços altamente tentadores e um sistema de actualizações que faz corar os seus concorrentes.

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