09/02/2018

09/02/2018

Bluebird of Happiness


Como fã de jogos point-and-click não podia deixar de experimentar o gratuito Bluebird of Happiness de Daigo Sato, um jogo com muito bom aspecto com um look RPG old school, de um programador que tem a fama de fazer jogos muito bem pensados e malucos, como é o caso.


Dois irmãos passeiam pela feira e o irmão mais novo vê um boneco azul que quer levar consigo para casa. A velha da feira diz-lhes que o boneco não está à venda, mas o irmãozinho aproveita um momento de distracção para o roubar. De noite quando vão dormir, acompanhamos as aventuras do irmão mais velho, que entra num mundo de sonho, um autêntico pesadelo onde se encontra um homem vestido de pássaro azul.


O jogo é bem simples dentro do género point-and-click, e é até bem curto. Basta explorar o ambiente à nossa volta, interagir com as personagens para que nos dêem tarefas e dicas do que fazer a seguir, visualizar e usar os objectos que temos no inventário com outros objectos no cenário, ou mesmo combinar uns com os outros para obter novos objectos.

Não sabemos como fomos ali parar, mas é o nosso objectivo sair dali daquele mundo de sonho, e pelo caminho salvar o nosso irmãozinho mais novo. Como é costume nos jogos de Daigo Sato há sempre uma componente de redenção para qualquer má acção que se faça, o que neste caso quer dizer que o jogo não acaba no momento em que pensamos que acabou. No quase final podemos conversar com um gato que nos deixa voltar atrás no tempo, e então aí chegar ao final alternativo, e talvez o verdadeiro final.


Ao nível gráfico está muito bem conseguido, fazendo lembrar um bom jogo RPG old school, com uma banda sonora agradável sempre a acompanhar. A certa altura é-nos entregue um telemóvel, o qual poderemos usar para pedir dicas do que fazer a seguir, o que nos obrigará a visualizar uma pequena publicidade. Nada demais, e para os mais atentos nem será necessário aceder ao sistema de dicas. Talvez uma ou duas vezes (porque tem mesmo de ser, ehehe).

A julgar pelos seus jogos anteriores, temos aqui um programador bem criativo, e gostava mesmo que ele fizesse um jogo mais longo, porque estas experiências valem bem a pena. Se puderem, há a possibilidade de doar o valor que quiserem no interior do jogo, que o vosso nome passará a figurar na lista dos créditos no final, e o Daigo Sato ficará para sempre agradecido.



Por Bruno Ramalho

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