26/04/2018

26/04/2018

The Room: Old Sins


Para os fãs de mistérios, puzzles e escape games, não deve ser novidade a série de jogos The Room da Fireproof Games, pois são dos melhores jogos que se pode encontrar na Play Store. O último a chegar foi este The Room: Old Sins, um jogo que se eleva bem acima nos ombros dos 3 primeiros que lhe sucederam, com grande qualidade como é costume.


Neste quarto jogo voltamos a perceber que voltaram a inovar nas ideias, mantendo a mesma mecânica na resolução dos puzzles que encontramos. No primeiro jogo andavamos à volta de uma caixa cheia de segredos e puzzles escondidos, de forma brilhante para a altura, e depois já tínhamos a liberdade para explorar várias salas no segundo jogo e até outros locais exteriores no terceiro jogo.

Em The Room: Old Sins, a história é outra, pois os mistérios e puzzles estão essencialmente contidos no interior de uma casa de bonecas, a qual podemos explorar livremente o seu exterior, e depois as suas diferentes salas e quartos, usando o monóculo especial que nos transporta para o seu interior, onde podemos encontrar todo o tipo de mecanismos e puzzles.


Não é necessário jogar os jogos anteriores para perceber a história (se bem que recomendo vivamente, pois são jogos incríveis), mas como é costume podemos acompanhar os acontecimentos lendo os vários livros que aparecem espalhados pelos quartos, relatados pelas pessoas que por ali passaram antes.

Como jogo point-and-click que é, a ideia é sempre a mesma, fazer zoom in e zoom out com dois dedos em forma de pinça para nos aproximar e interagir com objectos, ou um duplo toque para nos levar de imediato para o puzzle, ou para navegar pela casa.


No inventário do lado esquerdo vão aparecendo os vários objectos que vamos recolhendo nos puzzles, e que terão de ser usados para resolver outros quebra cabeças (e até manipulados porque por vezes são eles mesmos um puzzle em si mesmos). É muito importante estar atento a todas as pistas que estão espalhadas pelo quarto, nas paredes, nos próprios objectos e caixas que vão surgindo à nossa frente, pois serão sempre a solução para outros puzzles (convém colocar o monóculo para procurar mais pistas e encontrar áreas que só podem ser activadas quando o estamos a usar).


O que eu aprecio bastante nestes jogos é o facto de não ser muito fácil ficar bloqueado em qualquer puzzle, pois há um sistema de ajudas, que se vai activando conforme o tempo que estivermos a demorar para resolver os puzzles. São 3 as pistas que vão surgindo, cada uma a seu tempo, e cada uma com um grau de revelação maior que a anterior (se não conseguirmos chegar lá com a primeira dica, é só aguardar pela segunda, ou pela terceira dica, que aí já deve dar para perceber o que fazer exactamente).

O que nos ficou na memória do primeiro The Room, foram os espectaculares mecanismos que iam surgindo no interior da caixa. Como a resolução de um qualquer conjunto de puzzles fazia com que se abrissem novas portas e de lá saíssem novas caixas e mais puzzles para resolver, e aqui podemos encontrar imenso disso mais uma vez.


O fantástico monóculo, que nos revela coisas escondidas, essenciais para resolver alguns puzzles, tem também a capacidade de nos mostrar pequenos portais que nos transportam para o interior dos objectos, onde há pequenos quebra cabeças para resolver, como por exemplo entrar nos quartos da casa de bonecas, onde se abre um novo mundo para explorar, e onde aí dentro podemos novamente entrar em objectos como num comboio modelo onde há outros puzzles para resolver, um pouco como no filme Inception (um sonho dentro de um sonho, dentro de outro sonho).

A banda sonora é bem misteriosa e uma delícia de ouvir enquanto estamos a navegar pelo cenário, e os efeitos sonoros dinâmicos são essenciais para nos mostrarem quando estamos próximos de resolver um puzzle, mudando de intensidade ou mesmo de melodia sempre que algo relevante esteja para acontecer.


O jogo pode ser jogado em Português do Brasil, Inglês e muitas outras línguas. Temos tantos puzzles para resolver, que quando chegarmos ao final podemos repetir tudo novamente, que já não nos vamos lembrar da maioria dos puzzles que resolvemos. Se nunca experimentaram nenhum jogo deste género mas acham que é algo que iriam gostar, procurem por qualquer um destes jogos na Play Store que não se irão arrepender.

Este The Room: Old Sins é belíssimo, e todos os mecanismos que manipulamos com o dedo parecem bem reais, o que torna o jogo em algo bem palpável, como se estivessemos de facto fechados numa casa de bonecas rodeados de objectos com puzzles para resolver. Vejam aqui em baixo o vídeo de apresentação deste grande jogo, e não percam este 4º episódio que vale bem a pena, apesar de custar €5,99.


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