14/05/2018

14/05/2018

Análise ao Hisense Infinity H11


Depois de uma primeira incursão no mercado do Android, com uma proposta virada para as actividades radicais, a Hisense lançou no mercado um novo segmento de smartphones, pensado para os clientes que dão especial atenção ao design. O Hisense Infinity H11 pode não apresentar o notch da moda, mas como o próprio nome pode deixar antever, tem um ecrã FullView, ideal para quem gosta de visualizar conteúdos multimédia no smartphone.


O Hisense Infinity H11



No interior da caixa, o smartphone e por baixo deste, uma sempre útil capa de protecção, informação de referência, carregador, ariculares, cabo USB tipo C e o indispensável clip para instalação dos cartões SIM.



Na parte traseira da caixa, podemos encontrar um resumo das especificações deste Hisense Infinity H11. Tem um processador Snapdragon 430 da Qualcomm, com 8 núcleos a 1,4GHz e uma GPU Adreno 505. Vem com 3GB de RAM e 32GB para armazenamento, ficando o utilizador com cerca de 20GB disponíveis para fotografias e instalação de conteúdos. O ecrã de 5,99" tem uma resolução HD+ com 720x1440 pixels, algo que poderá ficar aquém das expectativas de alguns clientes. Na traseira temos uma câmara de 12MP e na frente um curioso sensor com 16MP. A bateria tem 3400mAh.


A frente do smartphone é dominada pelo ecrã, com margens reduzidas nas laterais, mas o mesmo não se passa na zona superior e inferior. O Hisense Infinity H11 vem com uma película a proteger a quase totalidade do ecrã, com excepção da coluna e câmara frontal. Sendo um extra interessante, nesta solução apresentada pela Hisense, tem o inconveniente de ser bastante vulnerável às dedadas.


Do lado direito, os botões de power e volume do som. Do lado oposto, o slot para os cartões SIM e cartão micro SD, sendo que se utilizarem este último, apenas poderão instalar um cartão SIM. Na zona inferior a grelha para a coluna de som e ao meio desta, uma porta micro USB tipo C. Na zona superior, a ficha de 3.5mm para headphones e um microfone.


Na traseira, temos uma câmara que se prolonga para fora do corpo do equipamento, podendo por isso ser uma preocupação quando poisam o equipamento numa mesa, pois este vai obrigatoriamente ser um ponto de apoio. Numa zona mais abaixo da câmara o flash e, ao centro, sensor de impressão digital. Na zona inferior, o smartphone apresenta algumas inscrições que por norma costumam vir no plástico que protege esta área, mas no caso deste Hisense, estão mesmo no vidro, pelo que não poderão ser removidas.


Este Hisense Infinity H11 é um smartphone que foi buscar inspiração em modelos já lançados por outras marcas mas resulta numa proposta bastante bem conseguida, onde o acabamento 2.5D do ecrã e vidro traseiro acabam por dar um toque de requinte ao equipamento. De salientar ainda, que ao contrário da protecção do ecrã frontal, o vidro traseiro até resiste razoavelmente bem às dedadas.


Em funcionamento




O Hisense Infinity H11 apresenta-se ainda com Android 7.1.2 Nougat. Questionámos a marca relativamente a uma actualização para o Android Oreo, tendo a mesma informado que esta não está prevista para o H11. Algo que a marca deveria rever caso deseje conquistar a confiança dos utilizadores.

Durante o período de testes, o smartphone recebeu duas actualizações, com a última a chegar no passado fim de semana. A principal alteração está no patch de segurança, que passa a contar com data de Abril.


 A Hisense apresenta neste Infinity H11 uma interface "Vision", que tem um conjunto de ícones inspirado no iOS. A marca optou por trazer até aos smartphones a interface que utiliza nas suas Smart TVs e tendo em conta que se trata de uma versão ainda a dar os primeiros passos, os resultados são animadores.

A marca não caiu na tentação de encher o smartphone com bloatware, algo que muitos fabricantes não conseguem evitar. Apresenta apenas uma app multi-usos, que poderá ter interesse para os utilizadores menos experientes, para manterem o seu smartphone com um bom nível de operacionalidade com simplicidade.


Outra opção que se saúda é a disponibilização de funcionalidades úteis que podem melhorar a experiência de utilização do Android. São disso exemplo o menu de navegação com apenas uma mão, a ferramenta para captura de ecrã, o sistema de configuração da impressão digital e a detecção de gestos e movimentos. O sensor de impressão digital é preciso, mas o sistema tem um ligeiro atraso (de uma fracção de segundo) na resposta.

Falta no entanto o feed da Google no lado esquerdo do ecrã principal. Se forem fãs deste serviço, podem instalar o Google Now Launcher, visto o smartphone ainda ser compatível com esta aplicação.



O Snapdragon 430 é o processador que a Qualcomm disponibiliza para a gama média baixa. Não é por isso de esperar recordes nos testes de benchmark. Há contudo que referir o bom desempenho do armazenamento, o qual apresenta valores que estão ao nível de muitos equipamentos de gama média alta, que custam muitos mais euros.

O armazenamento acaba assim por contribuir decisivamente para um desempenho agradável. Podem consultar as redes sociais e navegar na internet sem atrasos e inclusivamente jogar sem grandes preocupações. Os jogos mais pesados vão rodar um pouco mais devagar, ou com menor qualidade gráfica, mas esse é um compromisso normal neste segmento de produto.


A câmara



A interface da câmara é simples intuitiva. À esquerda temos as definições, modos de fotografia, HDR e flash. Do lado direito, as opções de fotografia e vídeo. Num segundo plano, o atalho para as imagens captada, o botão de disparo e o acesso à câmara frontal, que curiosamente activa o modo beleza automaticamente, se bem que pode ser configurado no nível zero, não alterando a imagem.


Nos modos de fotografia, uma opção para fotografar bebés, onde o smartphone pode emitir diferentes sons para captar a atenção da criança. O modo profissional poderá ser útil para os mais experientes, possibilitando a configuração manual dos parâmetros da fotografia.


O modo de fotografia automática acaba por ser o mais prático. Os resultados são satisfatórios embora a câmara tenha tendência a puxar pela exposição, o que dá origem a fundos demasiados claros. A opção passa por ajustar manualmente este parâmetro, antes de fotografar.


Os 16MP da câmara frontal acabam por ser algo decepcionantes, com falta de detalhe na imagem, mas o mesmo não se passa na câmara traseira, onde as imagens apresentam elevados pormenores, como se pode verificar nos pelos dos pêssegos na imagem em cima (mesmo depois de redimensionada).

Apreciação final



Esta segunda vaga de smartphones da Hisense, apresenta uma evolução interessante face ao primeiros modelos que chegaram ao nosso mercado. O produto está mais refinado, com melhorias ao nível do design e qualidade dos materiais. O hardware também foi revisto, apresentando alterações ao nível do ecrã, processador e armazenamento, sendo que este último tem um desempenho bastante acima da média do segmento onde este smartphone se insere.

A interface Vision, apesar de ainda estar nas primeiras versões de desenvolvimento, já apresenta um nível de funcionalidades bastante interessante, com a Hisene a saber beber informações junto das outras marcas, apresentado nos seus equipamentos uma selecção de opções que melhoram a experiência de utilização do equipamento. O ponto menos positivo será a versão do Android, que para alguns utilizadores poderá ser um contra. A saliência da câmara traseira poderá ser de alguma forma ultrapassada com a utilização de uma capa, algo que se recomenda para proteger a traseira em vidro. Se conviverem bem com o Android Nougat, este Hisense Infinity H11 é uma opção sólida, podendo ser encontrado no mercado com um preço na casa dos 270 euros, mas onde se exigiria mais atenção a alguns aspectos - como as actualizações - ficando por isso limitado a um "Morno".



Hisense Infinity H11
Morno


Prós
  • Qualidade de construção
  • Funcionalidades extra
  • Desempenho equilibrado

Contras
  • Versão do Android
  • Saliência da câmara traseira
  • Qualidade da câmara frontal


Galeria de imagens:



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