03/11/2018

03/11/2018

O segredo por de trás da super-resolução do Pixel 3 da Google


A Google optou por manter uma única câmara traseira no seu Pixel 3, contrariando a tendência de usar duas, três ou até quatro câmaras, mas volta a apostar no processamento de imagem para obter resultados impressionantes.


Nos Pixel, a Google demonstrou - e bem - que o objectivo de obter as melhores imagens possíveis não passa apenas pela utilização de sensores e objectivas melhores, mas também por um processamento mais inteligente dos dados captados pelos sensores de imagem. Foi isso que fez com o Smart HDR que combina múltiplas exposições para obter uma imagem final livre de ruído e com gama dinâmica alargada, e que agora reforçou com o seu novo sistema de zoom com super-resolução.

[zoom 2X do Pixel 2 vs Pixel 3]

O conceito de "super-resolução" não é novo, consistindo na utilização de várias imagens para melhorar a resolução de uma só. Para isso, tira-se partido dos movimentos que uma pessoa fará ao segurar um smartphone com a mão ou, no caso de se ter o smartphone completamente imóvel, recorrendo ao sistema de estabilização óptica para propositadamente "abanar" a imagem ligeiramente.


Esses ligeiros movimentos são suficientes para que o sensor de imagem possa obter informação adicional sobre os pixeis (lembram-se do padrão Bayer?) que permitem criar uma imagem de maior qualidade.

Esta é a teoria... na prática, existem diversos problemas que têm que ser resolvidos, como lidar com situações em que temos objectos ou pessoas em movimento, que dificultam o processo de combinar as imagens; coisa que a Google faz com recurso a sistemas de machine learning e inteligência artificial, que no extremo servem para determinar quando não será aconselhável utilizar esta técnica. Mas, em todos os casos em que não haja impeditivo... as diferenças são substanciais, como se pode ver na imagem ali em cima.



Por: Carlos Martins

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