25/03/2019

25/03/2019

Análise ao Asus ZenFone Max Pro (M2)


A Asus tem-se esforçado por ter no seu catálogo smartphones para todo o tipo de necessidades, e o ZenFone Max Pro é um dos modelos que visa aqueles que se preocupam em ter uma autonomia livre de quaisquer preocupações.

O Asus ZenFone Max Pro (M2)



A autonomia continua a ser uma das maiores limitações dos smartphones actuais, com os fabricantes a privilegiarem a espessura reduzida em vez de uma autonomia prolongada. Ainda assim vamos vendo os fabricantes a apostarem nos sistemas de carregamento rápido e no lançamento de smartphones com uma bateria de maior capacidade. A Asus é uma das marcas que tem apostado nesta segunda hipótese, apresentando um modelo com uma bateria bem superior à dos restantes modelos. O ZenFone Max Pro (M2) com a sua bateria de 5000mAh é um exemplo disso.



Dentro da caixa, o habitual conjunto de acessórios, onde encontramos a documentação de referência, um carregador, auriculares, capa de silicone e um cabo microUSB. Estamos em 2019 e continuamos a ter marcas a apostar neste tipos de cabos, quando o USB-C há muito que se deveria ter tornado na ficha universal, com muitas mais vantagens.




Até há algum tempo atrás, este poderia ser considerado um smartphone grande, tanto em largura como em comprimento. No entanto, hoje em dia, as suas generosas dimensões (157,9x75,5mm) acabam por ser consideradas "normais", com a espessura relativamente fina (8,5mm), a facilitar a sua utilização.



O ecrã FHD+ (2280 x 1080) de 6.3” IPS ocupa a quase totalidade da frente do smartphone, ficando apenas uma faixa com cerca de 5mm na zona inferior. A margem na zona superior do ecrã é bem mais reduzida, sendo também nesta área que encontramos um notch (relativamente pequeno) que alberga a câmara frontal e os sensores de luminosidade e proximidade.


A traseira apresenta uma curvatura nas laterais para permitir um melhor encaixe na mão. O plástico utilizado acaba por dar um aspecto interessante ao smartphone, permitindo diferentes efeitos de luz. Em cima, à esquerda, temos a dupla câmara e o flash, e na zona central o sensor de impressões digitais. Por baixo deste, o logótipo da marca.



No lado direito temos os botões de volume e o botão de power.



Do lado esquerdo, o adaptador para instalação dos cartões SIM, sendo que é possível utilizar os dois em simultâneo, com um cartão microSD.


Em cima, apenas um microfone.



Na zona inferior, temos a ficha de 3,5mm, um segundo microfone, a porta microUSB e a saída de som. A coluna para as chamadas de voz serve apenas para este fim, não sendo utilizada como um segundo altifalante. Há no entanto que referir o facto do corpo do smartphone servir de caixa de ressonância, com o som a propagar-se por toda a área disponível.

Em termos de hardware, este ZenFone Max Pro (M2) é um lobo em pele de cordeiro. O processador recebeu um upgrade substancial face ao apresentado no modelo do ano passado (M1), tendo a Asus optando pelo mais pujante Snapdragon 660. O processador vem acompanhado de 6GB de RAM e 64GB para armazenamento, expansível através do já referido cartão microSD.

A dupla de câmaras traseira é constituída por um sensor Sony IMX486 de 12MP com abertura f1.8 e um segundo sensor de 5MP, utilizado no modo retrato / percepção de profundidade. A câmara frontal tem 13MP e uma abertura f2.0.

No que diz respeito a comunicações, apresenta-se com Bluetooth 5.0, mas estranhamente o WiFi está limitado à norma n, não havendo lugar a suporte às redes ac. O rádio FM completa o ramalhete.




A bateria

Tem 5000mAh e segundo a Asus, é capaz de um desempenho de nível superior:
  • Até 35 dias de tempo em standby 4G
  • Até 45 horas de tempo em Conversação 3G
  • Até 23 Horas de navegação na Web
  • Até 19 horas de tempo em Reprodução de Vídeo Online
  • Até 10 horas de autonomia gaming

Embora a Asus apresente esta bateria como sendo de carregamento rápido, os testes efectuados revelaram uma realidade bem diferente, com o carregamento a estar limitado a uns já ultrapassados 5V/2A. Desta forma, podem sempre contar com largos minutos para o carregamento deste ZenFone Max Pro (M2).

Com a bateria descarregada, o carregamento até 100% demorou 3 horas e 4 minutos, sendo que o smartphone esteve desligado até aos 94% de carga. Não contem por isso com um carregamento rápido, mas sim com uma autonomia estendida.



Em utilização




A Asus, tal como a quase totalidade das marcas que operam no mercado mobile, tem apostado no desenvolvimento de uma interface própria, a ZenUI. As versões mais recentes já apresentam um nível de funcionalidades interessante, mas a sua utilidade irá sempre depender das preferências de cada utilizador.

Só que este ZenFone Max Pro (M2) apresenta uma particularidade interessante. Ao contrário da restante frota ZenFone, este smartphone não corre a ZenUI mas sim uma versão stock do Android Oreo. Não é um smartphone Android One oficial, mas anda lá muito perto, sendo por isso uma opção a ter em conta por quem prefere um Android sem modificações. Apenas a lamentar o facto de ainda estar a aguardar a actualização para Android Pie, algo que até ao momento (da publicação desta análise) não aconteceu.

Além das Google Apps, apenas temos como apps pré-instaladas o Facebook e o Instagram, duas aplicações que na grande maioria das vezes acabam por ser instaladas pelos utilizadores, pelo que esta opção da Asus acaba por não ser muito penalizadora.

O Snapdragon 660 foi uma agradável surpresa neste ZenFone Max Pro (M2), que acaba assim por receber um upgrade considerável no processador, face à versão anterior deste smartphone. Este processador é uma excelente opção, graças à relação custo/desempenho que oferece, conseguindo ser uma boa alternativa aos mais potentes Snapdragon da série 800.

O sensor de impressão digital é rápido e preciso, mas caso pretendam um sistema de desbloqueio alternativo podem utilizar o reconhecimento facial, também ele bastante rápido a responder, bastando tocar no botão de power para que a face seja detectada.


A câmara



A interface da app da câmara é bastante simples, com apenas duas zonas com ícones. Para facilitar a vida ao utilizador, a Asus apresenta uma explicação gráfica na primeira vez que utilizarem a app da câmara, indicando as funcionalidades mais importantes.


Asus ZenFone Max Pro (M2)


A Asus apostou num sensor Sony IMX486 de 12MP, com abertura f/1.8 e num segundo sensor de 5MP, para as câmaras traseiras. Na frente, um sensor de 13MP, com uma abertura f/2.0. A escolha deste sensor Sony visava melhorar a prestação do smartphone em ambientes com pouca luz, razão pela qual os resultados obtidos ficaram à quem do esperado, com a imagens a apresentarem mais ruído do que seria previsível.

Em zonas bem iluminadas os resultados são bastantes bons, mas há que ter algum cuidado com a tendência para a sobre-exposição. O controlo manual do brilho acaba por ser a solução simples e rápida para resolver este problema, sempre que o mesmo ocorra.



App Câmara Asus vs Google Camera

Se pretenderem obter resultados muitíssimo melhores, em zonas com pouca luz, podem sempre passar no XDA, para ficarem a saber como podem instalar uma versão modificada da Google Camera. Com esta aplicação, passam a poder utilizar o modo nocturno "Night Sight"  disponibilizado nos Google Pixel e os resultados são literalmente "da noite para o dia", como poderão verificar nas duas imagens em cima.



Apreciação final



O ano de 2018 foi excelente para o segmento mobile da Asus, com o ZenFone 5 a conseguir um destaque inesperado, fruto de um preço altamente competitivo. O ano de 2019 está a começar igualmente bem, com este ZenFone Max Pro (M2) a mostrar-se como uma excelente opção para a gama média. É certo que não temos um design tão refinado como o apresentado pelo topo de gama da Asus, e a traseira em plástico não tem o mesmo impacto que o vidro disponibiliza, mas o ZenFone Max Pro (M2) acaba por não sair mal na fotografia. Apresenta um bom nível de acabamentos e a própria traseira acaba por não destoar muito, com o smartphone a ser confortável em utilização.

Em termos de desempenho, ZenFone Max Pro (M2) está um nível abaixo dos topo de gama, mas nada que seja muito preocupante. Corre Android 8 Oreo sem modificações, estando ainda à espera da actualização para Android 9 Pie. As câmaras são competentes, mas caso necessitem de captar fotos em ambientes com pouca luz será necessário recorrer ao procedimento acima apresentado.

Com um preço na casa dos 300 euros, o ZenFone Max Pro (M2) é um smartphone muito interessante, que só acaba por ser penalizado pelo facto de ainda não se apresentar a correr a última versão do Android - e também pela baixa prestação da câmara em modo nocturno, algo que a marca apresenta como sendo um dos pontos fortes do equipamento.

Pelas razões acima apresentadas, o ZenFone Max Pro (M2) é merecedor de um distinto "Quente".



ZenFone Max Pro (M2)

Quente


Prós
  • Relação qualidade/preço
  • Android stock

Contras
  • Fotografia com pouca luz
  • Ainda aguarda update para Android 9 Pie

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