11/06/2020

11/06/2020

A revolução da baterias está a acontecer, só que nos preços e não no desempenho


Frequentemente somos levados a dizer que a tecnologia muito tem evoluído, excepto nas baterias. Mas a verdade é que também nesse campo está a ocorrer uma revolução, embora não aquela que os consumidores poderiam esperar.

É certo que ainda não temos tecnologia de baterias que nos permita ter um smartphone de tamanho compacto com autonomia suficientemente para durar semanas ou meses em utilização normal. Por outro lado, há que reconhecer que já é um autêntico milagre ter um destes supercomputadores de bolso, que com poucos milímetros de espessura e CPUs com capacidades que começam a rivalizar o de alguns computadores portáteis, ainda assim conseguem aguentar um ou vários dias, estando permanentemente ligados ao mundo.

Mas, nas baterias por muito que possa parecer que nada mudou, há um enorme factor que sofreu grande alteração ao longo da última década: o preço das baterias Li-Ion.


No início da década (2010), o preço de uma bateria Li-Ion rondava os $1160 por kWh. Em 2019 esse valor já tinha caído para $153(!) - e espera-se que a qualquer momento (talvez na próxima apresentação da Tesla que deverá ocorrer em breve) alguém anuncie baterias que baixem dos valor de $100 por kWh. Este será um marco histórico, já que é apontado por muitos especialistas como o ponto de transição a partir do qual os carros eléctricos ficarão mais baratos que os a combustão; para além de potenciarem muitas outras aplicações a nível industrial e de geração e distribuição de energia a partir de fontes renováveis.

Mesmo sem se entrar nas baterias mais exóticas, que prometem maior capacidade, ou longevidade ilimitada, a revolução das baterias está a ocorrer a cada ano que passa - mesmo que possa não parecer.

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