02/10/2016

02/10/2016

Microfones, o elo mais fraco dos smartphones


Os smartphones tiveram tal evolução na última década, que por vezes até nos esquecemos que nem todos os seus componentes tiveram direito a evolução idêntica - com a excepção da bateria, que essa todos sabemos, bem demais.

Um dos insuspeitos componentes em que quase ninguém pensa é o microfone, e também ele parece estar a necessitar de dar um grande salto evolutivo. No passado, bastava que o microfone permitisse fazer chamadas telefónicas de forma minimamente aceitável; o que não era difícil considerando a baixa qualidade do som nas chamadas. Mas actualmente, o microfone é uma peça essencial, não só para as chamadas, como para fazer pesquisas e dar comandos de voz.

A única evolução que assistimos neste campo nos últimos anos foi a utilização de dois, três, quatro e até cinco microfones(!) em vez de um, para efeitos de cancelamento de ruído; mas em termos da sua qualidade de captação... começa a exigir-se que seja feito muito mais. E facilmente se perceber porquê... No passado, o grande problema estava no reconhecimento e interpretação da voz humana. Embora isso continue a apresentar múltiplos desafios, agora chega-se a um ponto em que o ponto limitador é a qualidade com que o microfone é capaz de captar o som e voz dos utilizadores, e não o reconhecimento que é feito a seguir.

Em vez de se usarem cinco microfones como no Droid Turbo da Motorola, talvez seja tempo de dar um passo atrás e apostar num menos número de microfones, mas de melhor qualidade. E não será tão descabido assim... afinal, já se começou a fazer isso nos sensores utilizados para as câmaras (do Galaxy S7, por exemplo - embora seja verdade que também se tenha exemplos de quem adiciona duas câmaras na traseira como forma de melhorar a qualidade).

Publicado originalmente no AadM

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