04/03/2018

04/03/2018

Análise BQ Aquaris V


O Aquaris V inaugurou uma nova gama de equipamentos, estando nesta altura disponível em quatro versões, duas lançadas inicialmente, a V e V Plus e, mais recentemente, a VS e VS Plus. Todos eles com ecrã 2.5D, corpo metalizado, carga rápida e NFC. Tendo em conta que se tratam de equipamentos de gama média-baixa, este é um conjunto de especificações bastante interessante.



O Aquaris V


A BQ opta nesta gama Aquaris V por uma estratégia que já utilizou anteriormente, os quatro modelos partilham grande parte das características, havendo apenas algumas diferenças entres eles, o que permite aos utilizadores optarem por as funcionalidades/especificações que considerem mais importantes. O V Plus distingue-se do do V pelo ecrã, 5,5" Quantum Color FullHD no primeiro, 5,2" HD no segundo. Os dois smartphones da série V têm um processador Qualcomm Snapdragon 435, os VS têm Snapdragon 435.


Se a explicação foi pouco clara, o quadro resumo em cima poderá ajudar a esclarecer as possíveis dúvidas. A série VS perde um pouco no CPU mas ganha na memória e talvez mais importante ainda, no preço, que fica um pouco abaixo do praticado para os dois Aquaris V.



No caso da unidade de testes, temos a versão Aquaris V. Temos um ecrã HD de 5,2HD, processador Snadragon 435, 3GB de RAM e 32GB para armazenamento, expansível através de microSD, se utilizarem apenas apenas um cartão SIM, câmaras de 12MP e 8MP, e bateria 3100mAh. Corre Android 7.1.2 com actualização garantida para Android 8 Oreo.



Dentro da caixa, além do smartphone, encontramos o carregador, cabo USB (ainda micro USB...), documentação de referência e o clip para a instalação dos cartões SIM e microSD. Como tem sido hábito nos modelos mais recentes da BQ, os auriculares não fazem parte da lista de acessórios.



Na zona superior temos um microfone e a saída de som para um jack de 3,5mm, em baixo, outro microfone, porta microUSB e grelha para saída de som.


À esquerda, encontra-se o slot para os cartões SIM e microSD, à direita, botões de power e volume.




Na frente, encontramos ainda aquela que tem sido uma das imagens de marca da BQ. Não é por acaso que os ícones normalmente associados à barra de navegação (triângulo, círculo e quadrado) são substituídos por dois pontos a enquadrarem ao centro, o logótipo da BQ. O facto destes botões não serem retro-iluminados, pode dificultar a utilização do equipamento, especialmente em zonas com pouca luz.

Tendo em conta que os ecrãs FullView com margens reduzidas estão a ser uma tendência, aguarda-se com curiosidade a opção que a BQ terá de fazer ao optar por um ecrã deste tipo, onde a ausência de espaço obriga forçosamente a que os botões físicos tenham de dar lugar aos virtuais. Será que o facto de o público espanhol preferir os botões físicos irá adiar a chegada dos ecrãs FullView aos smartphones da BQ?

Em utilização



Comecemos pelo software, área em que a BQ tem posto em prática uma política muito interessante. Ao invés de andar a alocar recursos para o desenvolvimento de uma interface, a BQ prefere apostar num Android muito próximo daquilo que a Google disponibiliza no Android AOSP. Quem pretender um layout mais aprimorado, pode sempre optar por um dos muitos launchers que estão disponíveis no Google Play.




 Em termos de desempenho, não há lugar a surpresas. O Snapdragon 435 não faz milagres, mas também não compromete. É suficiente para uma utilização sem compromissos, mas sem lugar a grandes velocidades. O armazenamento é algo lento em escrita, pelo que vão ter de esperar mais algum tempo, sempre que instalarem novas aplicações.

O sensor de impressão digital é preciso, mas mais uma vez, dá a ideia que tem um atraso na resposta, com o ecrã a levar algum tempo a ligar. Estamos a falar de fracções de segundo, nada de muito importante, apenas é um atraso que se faz notar quando comparado com outros sensores de impressão digital.


A câmara




A interface da câmara é a que a BQ tem vindo a utilizar nos últimos anos. Em cima, os modos de operação, com panorâmica, fotografia, vídeo e fotografia "em movimento", com timelapse, câmara lenta e câmara rápida. Em baixo, duas zonas, uma primeira com o controlo do flash, temporizador, linhas de enquadramento, modo HDR e configurações e uma segunda com o atalho para as fotografias, botão de disparo e mudança entre câmara traseira e frontal. De salientar ainda a possibilidade de esconder a primeira linha de ícones e um modo manual para controlo dos diferentes parâmetros da fotografia.

Em termos de resultados, não se podem pedir milagres neste segmento de preço. Com boa iluminação, as imagens captadas apresentam resultados aceitáveis, com pouca luz, há que saber viver com o flash. Para os fãs das selfies, a presença de um flash frontal, pode ser uma opção a ter em conta, nos cenários com pouca luz.


Apreciação final



A série Aquaris V e VS da BQ constitui-se como uma opção interessante para quem procura um smartphone para uma utilização pouco intensiva, como será a grande maioria da população. Além de disponibilizar um desempenho agradável, tem ainda a vantagem de apresentar uma boa qualidade de construção. O corpo em metal dá-lhe uma solidez que transmite segurança, com um toque bastante agradável na mão, a fazer lembrar o OnePlus 5, que está num segmento de preço bem diferente deste Aquaris V. Como aspecto menos positivo, o peso, com as 20, 30g a fazerem-se notar face a outras propostas no mesmo segmento.

Com um preço a começar nos 209,90€, é uma aposta segura para quem procura um equipamento competente, por um preço sempre simpático. Com a chegada dos modelos VS, há que verificar qual o que melhor serve os interesses de cada um. Pelo acima exposto, este Aquaris V é merecedor de um distinto QUENTE.



BQ Aquaris V

Quente


Prós
  • Qualidade de construção
  • Relação qualidade/preço


Contras
  • Sensor de impressão digital algo lento
  • Peso 
  • Ligação microUSB

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