04/07/2021

04/07/2021

Como funcionam os ecrãs Mini-LED

Os ecrãs mini-LED vêm dar uma nova vida aos LCDs, reduzindo os seus pontos negativos face aos OLEDs, e nada como saber o que realmente são e como funcionam.

Estamos prestes a assistir a uma nova vaga de ecrãs Mini-LED a chegar ao mercado, em tablets, portáteis, monitores e televisores. Antes de mais, importa desde já esclarecer que estes ecrãs mini-LED nada têm a ver com os ecrãs micro-LED, e que na verdade continuam a ser ecrãs LCD como os que conhecemos há anos.

Ao contrário dos ecrãs OLED e micro-LED, que são ecrãs emissivos onde cada pixel é constituído por LEDs que emitem luz, os LCDs são ecrãs constituídos por múltiplas camadas, e que dependem de ter uma fonte de luz atrás do painel LCD para criarem as cores. Quem já tiver passado pela infeliz experiência de ter um ecrã LCD com a "backlight" avariada, saberá que o ecrã ficará completamente preto, apesar de o LCD continuar a actualizar os pixeis que deixam de ficar visíveis.
Como criar então uma luz uniforme que abranja toda a área de um ecrã LCD? Poderia pensar-se que se usam um painel cheio de LEDs, mas infelizmente não é o caso. Por motivos de custos, a esmagadora maioria dos LCDs recorre simplesmente a uma faixa de LEDs para iluminação colocados na margem do ecrã, direccionando a luz para um painel difusor que se encarrega de a espalhar da melhor forma possível pela área visível. E é isso que agora está prestes a mudar com a chegada dos mini-LEDs, que abandonam essas faixas de LEDs nas margens e passam a aplicá-los directamente no painel traseiro - e com isso ganhando também a capacidade para fazerem local dimming com muito melhor resolução que os LCDs local dimming das gerações anteriores, que tinham uma quantidade bastante mais reduzida de LEDs.


Embora estes LCDs mini-LED não permitam ajustar a luminosidade pixel por pixel, como acontece num OLED, resultam numa solução de compromisso que melhora os níveis de contraste e que tem a vantagem adicional de também evitar a preocupação com burn-in no caso de aplicações como monitores de computador, que podem ter conteúdos estáticos durante longos períodos, situação não muito recomendável para os ecrãs OLED (apesar de todos os avanços feitos ao longo dos anos).

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