28/01/2017

28/01/2017

Google removeu mais 50% de anúncios fraudulentos em 2016 face ao ano transacto


Quem já não entrou numa página e deu de caras com um anúncio fraudulento? O pior de tudo é que estes anúncios eram apresentados pela própria Google, que por razões desconhecidas, não tinha em tempo útil eliminado os ditos.


Em 2016, a Google implementou duas medidas para melhorar ainda mais o combate aos chamados anúncios maus. Tornou mais restritivas as suas políticas para proteger ainda melhor os utilizadores de anúncios enganadores e predatórios e outros esquemas e reforçou a tecnologia para detecção e desativação mais precisa e rápida dos chamados "bad ads".  As medidas utilizadas para reprimir anúncios enganadores e fraudulentos que violam as políticas da Google encontram-se disponíveis no 2016 Bad Ads Report:
Só em 2016, a Google eliminou 1.7 mil milhões de anúncios que violaram as políticas de publicidade da Google (mais 50% do que em 2015):

  • Mais de 68 milhões de anúncios removidos por violarem políticas relacionadas com a promoção de produtos de saúde (face a 12,5 milhões em 2015)
  • Mais de 17 milhões de anúncios removidos por promoção de jogo ilegal
  • Perto de 80 milhões de anúncios maus por enganarem e chocarem os utilizadores
  • Mais de 5 milhões de anúncios a empréstimos de curto prazo removidos
  • 112 milhões de anúncios "trick to click" (6 vezes mais do que em 2015)
  • 1.300 contas suspensas por "tabloid cloaking"   

Entre Novembro e Dezembro foram analisados 550 websites suspeitos de espalharem conteúdos deturpados entre os utilizadores: acções contra 340 por violação de políticas - deturpação de conteúdos e outras ofensas - e 200 publishers expulsos permanentemente da rede da Google



Post de, Scott Spencer, Director of Product Management, Sustainable Ads

Uma internet livre e aberta é um recurso vital para as pessoas e negócios de todo o mundo. A publicidade online desempenha um papel importante ao assegurar que as pessoas têm acesso a informação online precisa e de qualidade. Mas os chamados anúncios maus (bad ads) podem arruinar as experiências online de todos nós. Estes anúncios promovem produtos ilegais e ofertas irrealistas. No pior dos casos, podem enganar-nos, levar-nos a partilhar informação pessoal e infectar os nossos dispositivos com software malicioso. Por fim, os maus anúncios representam uma ameaça para os utilizadores, parceiros e para a sustentabilidade da própria Internet.

Temos um conjunto rigoroso de regras que controlam o tipo de anúncios que permitimos e não permitimos no Google de forma a proteger os nossos utilizadores da publicidade enganosa e inapropriada. E, também temos uma equipa de engenheiros, especialistas, gestores de produtos e outros tantos que lutam diariamente contra os maus actores e as más práticas. Ao longo dos anos, este compromisso tornou a Internet num lugar melhor para os utilizadores - e um lugar pior para aqueles que procuram abusar dos sistemas de publicidade em benefício próprio.

Em 2016 removemos 1.7 mil milhões de anúncios que violaram as nossas políticas de publicidade. É mais do dobro do número de anúncios maus que eliminámos em 2015. Caso um utilizador perdesse um segundo a eliminar cada um destes bad ads levaria mais de 50 anos para terminar esta tarefa. Mas a nossa tecnologia é desenvolvida para funcionar de uma forma bastante mais rápida e eficaz.

No ano passado implementámos dois passos importantes para melhorar os nossos sistemas. Primeiro, estendemos as nossas regras para proteger melhor os utilizadores de ofertas enganadoras e predatórias. Por exemplo, em Julho, introduzimos uma política para banir anúncios de empréstimos de curto prazo que, normalmente, resultam em pagamentos inacessíveis e com elevadas taxas de juro. Nos seis meses seguintes ao lançamento desta política, eliminámos mais de 5 milhões de anúncios a empréstimos de curto prazo. Em segundo lugar, reforçámos a nossa tecnologia para podermos assinalar e desactivar, muito mais rapidamente os bad ads.  Por exemplo, os anúncios chamados "trick to click" aparecem normalmente como alertas de sistema para iludir os utilizadores a clicarem nos mesmos sem que se apercebam que se trata de software malicioso ou de malware. Em 2016, os nossos sistemas detectaram e desactivaram um total de 112 milhões de anúncios "trick to click" -  6 vezes mais do que em 2015.  

Seguem alguns exemplos de bad ads que eliminámos em 2016:

Anúncios a produtos ilegais

Alguns dos anúncios mais comuns são os que promovem actividades ou produtos ilegais. Embora tenhamos há muito uma política para lidar com os bad ads a produtos farmacêuticos, no ano passado o nosso sistema detectou um crescimento dramático deste tipo de promoção. Desactivámos mais de 68 milhões de bad ads que violavam as nossas políticas neste capítulo, mais do que os 12.5 milhões de anúncios que eliminámos em 2015.

Também deparámos com mais tentativas de publicitar promoções relacionadas com jogo sem a autorização necessária dos reguladores nos países onde operam. Em 2016, eliminámos mais de 17 milhões de "bad ads" por este tipo de violações de políticas.  

Anúncios enganosos

Não queremos que os utilizadores se sintam enganados pelos anúncios que lhes fazemos chegar e por isso exigimos aos nossos anunciantes que sejam honestos e que forneçam às pessoas informação verdadeira para que possam tomar decisões fundamentadas. Alguns anúncios tentam incitar clicks e visualizações ao enganarem, intencionalmente, as pessoas com informação falsa, perguntando, por exemplo, "Será que corre o risco de sofrer desta doença rara de pele?", ou oferecendo uma cura milagrosa como por exemplo um comprimido que ajuda a perder 22 kgs em três dias sem qualquer tipo de exercício. Em 2016, eliminámos perto de 80 milhões de "bad ads" por enganarem e chocarem os utilizadores.


"Bad ads nos smartphones"

Se alguma vez se deparou com uma aplicação a ser descarregada no seu smartphone sem qualquer aviso prévio, o culpado pode ser o chamado "self-clicking ad". Em 2015, eliminámos apenas uns milhares destes "bad ads", mas em 2016, os nossos sistemas detectaram e desactivaram mais de 23 mil "self-clicking ads" nas nossas plataformas, um aumento acentuado face ao ano anterior.
Anúncios que tentam ludibriar o sistema

Os maus actores sabem que os anúncios a certos produtos - tais como, suplementos para perda de peso ou empréstimos de curto prazo - não são permitidos pelas políticas da Google e por isso tentam ludibriar os nossos sistemas. No ano passado eliminámos perto de 7 milhões destes "bad ads".

Em 2016, assistimos à ascensão dos tabloid cloakers - um novo tipo de prática que tenta enganar o nosso sistema ao apresentar-se como notícia. Geralmente, os cloakers aproveitam os temas mais populares e polémicos do momento - eleição de um novo governo, uma noticia popular ou uma celebridade - e os seus anúncios podem parecer idênticos aos títulos de um site de noticias. Mas quando as pessoas clicam naquela estória sobre a Ellen DeGeneres e extra-terrestres eles são directamente reencaminhados para um website de venda de produtos para emagrecimento e não para nenhuma notícia.  

De maneira a combatermos os anúncios cloakers, eliminámos os próprios impostores e impedimo-los de voltarem a fazer publicidade connosco novamente. Em 2016, suspendemos mais de 1.300 contas de tabloid cloaking. Infelizmente, este tipo de "bad ads" está a ganhar popularidade pois as pessoas clicam nos mesmos. E, uma mão cheia destes impostores podem gerar muitos "bad ads": durante uma única triagem relativa a "tabloid cloaks" em Dezembro de 2016, eliminámos 22 cloakers que foram responsáveis por anúncios vistos por mais de 20 milhões de pessoas online em apenas uma semana.

Promoção e lucro de sites maus

Quando detectamos anúncios que violam as nossas políticas, bloqueamos o anúncio ou o anunciante dependendo do tipo de violação. Mas por vezes, também precisamos de suspender o website promovido no anúncio (O website que as pessoas veem depois de clicarem nele). Por exemplo, ao mesmo tempo que desactivámos mais de 5 milhões de anúncios a empréstimos de curto prazo durante o ano passado, também tomámos medidas contra 8.000 sites que promoviam os anúncios de empréstimos de curto prazo.  
Seguem-se alguns exemplos de violações mais comuns das nossas políticas em 2016:
  • Tomámos medidas em 47.000 websites por promoveram conteúdo e produtos relacionados com esquemas envolvendo produtos dietéticos.
  • Tomámos medidas em mais de 15.000 websites por software não desejado e desactivámos mais 900.000 anúncios por conterem software malicioso.
  • E, suspendemos mais de 6.000 sites e 6.000 contas por tentarem promover bens contrafeitos como por exemplo relógios.

Muitos proprietários de websites e publishers utilizam as nossas plataformas de publicidade, como o AdSense, para ganharem dinheiro ao correrem anúncios da Google nos seus websites e nos conteúdos e por isso temos políticas restritas para manter as redes de conteúdos e de pesquisa Google seguras para os nossos anunciantes, utilizadores e publishers. Sempre que um publisher infringe as nossas políticas, podemos parar de mostrar os anúncios no seu website ou até mesmo encerrar a sua conta.

Sempre tivemos políticas que proibiam os publishers do AdSense de correrem anúncios em websites que ajudam pessoas a enganar outras como por exemplo um website onde é possível comprar diplomas falsos ou documentos plagiados. Em Novembro, expandimos essas mesmas regras ao introduzir um novo conjunto de políticas relativas ao Conteúdo proibido no Google Ad Sense. Este novo conjunto de regras permitem-nos levar a cabo acções contra os websites que enganam os utilizadores com o seu conteúdo. De Novembro a Dezembro de 2016, revimos 550 websites suspeitos de deturparem conteúdos junto dos utilizadores, incluindo websites que se fazem passar por organizações de notícias. Tomámos medidas contra 340 por violação das nossas políticas - por deturpação e outras ofensas - e perto de 200 publishers foram expulsos das nossas redes, de forma permanente.

Além de todo este trabalho apoiamos os esforços da indústria como a coligação "Coalition for Better Ads" para proteger as pessoas das más experiências na internet. Apesar de termos eliminado mais anúncios maus em 2016 do que nos anos anteriores, isto não significa que a batalha termine aqui. À medida que vamos investindo numa detecção mais precisa, os maus actores também investem em tentativas mais elaboradas para procurarem contornar os nossos sistemas. A continuidade do nosso trabalho para encontrar e lutar contra estes maus actores é essencial para se proteger as pessoas online e permitir tirar partido do melhor da Internet aberta.

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